Terra Crua promove encontro de habitação rural
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A habitação é um tema que influencia todo o Brasil, direta ou indiremante. Para os assentados de reforma agrária, que passam anos morando em barracos de lona, a habitação é um sonho urgente e adiado pela burocracia.
Com o objetivo de trocar experiências sobre a luta pela construção de habitações nos assentamentos ruais, representantes do MST do Rio de Janeiro e da Zona da Mata de Minas Gerais participaram, nos dias 14 e 15 de agosto, em Viçosa, do “Encontro de Habitação Rural”.
Com o objetivo de trocar experiências sobre a luta pela construção de habitações nos assentamentos ruais, representantes do MST do Rio de Janeiro e da Zona da Mata de Minas Gerais participaram, nos dias 14 e 15 de agosto, em Viçosa, do “Encontro de Habitação Rural”.
O motivo da vinda dos companheiros do Rio de Janeiro é a experiência do projeto “Terra Crua: uma alternativa para a produção de habitações em assentamentos rurais”. O Terra Crua é composto por estudantes e professores universitários da arquitetura, engenharia ambiental e comunicação social; e os moradores do assentamento Olga Benário (MST). O projeto iniciou-se em 2008, com o objetivo de incluir as famílias no desenvolvimento do projeto arquitetônico de suas próprias casas, o que não acontece normalmente.
Apesar da diferença das condições ambientais e culturais, o que se viu neste encontro, é que temos muito em comum. Os assentamentos do MST em questão passam pelo mesmo processo burocrático de acesso ao crédito de habitação, que só é possível depois que o acampamento se torna assentamento. No caso do assentamento Olga Benário, por exemplo, que já é assentamento desde 2005, os moradores ainda não conseguiram acessar o crédito de habitação.
O grande problema neste processo de acesso ao crédito de habitação é que o INCRAfornece o dinheiro (hoje R$ 15.000,00) e um projeto arquitetônico pronto para todas as famílias. Sabem aquelas casas populares todas iguaiszinhas, que se constroem nos loteamentos urbanos? São as mesmas casas que as famílias rurais têm a oportunidade de construir.
Veja o vídeo que fizemos com os representantes do MST-RJ. (para conhecer a luta pela habitação no assentamento Olga Benário acesse o canal do Terra Crua no youtube).
Quando falamos de habitação, temos que lembrar que a casa é mais do que uma contrução,está diretamente relacionada ao modo de vida de uma família e as especificidades culturais. Na roça tem fogão à lenha, tem toda uma logistica de produção que deve ser pensada junto com a casa e, ainda, as especificidades de cada família (número de pessoas, gostos e preferências).
A questão da habitação vai muito além dodéficit habitacional, está diretamente relacionada ao modelo de sociedade capitalista em que nós vivemos. Para uma reflexão neste sentido assista a entrevista com o representante das Brigadas Populares, que luta pela questão da moradia em Belo Horizonte, MG.
Leia aqui o relato do Setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do Rio de Janeiro sobre a visita.
Publicado originalmente no Bangalô de Flores.
Apesar da diferença das condições ambientais e culturais, o que se viu neste encontro, é que temos muito em comum. Os assentamentos do MST em questão passam pelo mesmo processo burocrático de acesso ao crédito de habitação, que só é possível depois que o acampamento se torna assentamento. No caso do assentamento Olga Benário, por exemplo, que já é assentamento desde 2005, os moradores ainda não conseguiram acessar o crédito de habitação.
O grande problema neste processo de acesso ao crédito de habitação é que o INCRAfornece o dinheiro (hoje R$ 15.000,00) e um projeto arquitetônico pronto para todas as famílias. Sabem aquelas casas populares todas iguaiszinhas, que se constroem nos loteamentos urbanos? São as mesmas casas que as famílias rurais têm a oportunidade de construir.
Veja o vídeo que fizemos com os representantes do MST-RJ. (para conhecer a luta pela habitação no assentamento Olga Benário acesse o canal do Terra Crua no youtube).
Quando falamos de habitação, temos que lembrar que a casa é mais do que uma contrução,está diretamente relacionada ao modo de vida de uma família e as especificidades culturais. Na roça tem fogão à lenha, tem toda uma logistica de produção que deve ser pensada junto com a casa e, ainda, as especificidades de cada família (número de pessoas, gostos e preferências).
A questão da habitação vai muito além do
Leia aqui o relato do Setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do Rio de Janeiro sobre a visita.
Publicado originalmente no Bangalô de Flores.
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